A vida tem sido rotineira
Sem graça
Desde o dia em que você resolveu terminar comigo
Na praça
Minhas noites tem sido de insônia
Não acordo pois não consigo dormir
Um turbilhão de perguntas me faço, umas delas
O que será que eu fiz?
Meu quarto agora é onde mais fico
Pois ao andar na rua tudo me lembra você
Eu nem abro a janela, pois lembro de quando estávamos juntos vendo
o amanhecer
Nem meu ventilador de teto eu ligo mais
Você amava deitado comigo na cama e ouvir o barulho que ele fazia,
você disse que te trazia paz
Troquei todo o jogo de cama
Principalmente os que você gostava
Lembro das juras de amor, das promessas que você falava
Meu quarto é meu porto seguro, meu monstro particular, meu vilão,
o bicho que me coloca medo, e o soco na boca do estômago que tira meu ar, e o
espelho que me faz refletir e ver como tá vazia minha alma, meu quarto é a
caixinhas de lembranças, a carta de amor que leio todos os dias, e o castigo
que tanto me maltrata, é meu lugar de reflexão, de pensar, de fazer minhas
perguntas e eu mesmo responder, pois afinal ainda não sei como eu fui perder
você.
Autor: Leno Moura
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